Se você esteve online nos últimos dias, provavelmente viu algo sobre a polêmica das acusações de plágio envolvendo o projeto “AmarElo”, lançado por Emicida, em 2019, e a música “Magia Amarela”, parceria entre Juliette e Duda Beat, recém lançada.
Por conta de semelhanças como a fotografia e a fonte da arte de divulgação, apontadas pelos internautas, Evandro Fióti, irmão e produtor de Emicida, se pronunciou sobre o assunto em uma live no Instagram, mencionando a apropriação artística.
Em resposta, Juliette e Duda Beat também se manifestaram. Segundo Juliette, a música faz parte de uma campanha publicitária, e sua equipe está em contato com os responsáveis. Por sua vez, a equipe de Duda Beat reconheceu a semelhança do projeto com “AmarElo” e mencionou a presença de um dos autores do projeto original na campanha.
Quando se fala em plágio, o assunto é, de fato, complexo e a análise comparativa da semelhança entre as criações precisa ser minuciosa. Esse tipo de acusação contempla um conjunto de fatores, ligados à criatividade e a originalidade, ou seja, a mera semelhança não é capaz de caracterizar o plágio.
Até o presente momento, não há informação de que o caso tenha sido levado a juízo. Apesar de as ideias não serem objeto de proteção legal, é importante que agências de publicidade evitem se associar a conceitos de terceiros sem autorização.
No caso concreto, de acordo com a Laboratório Fantasma, selo do Emicida, a agência de publicidade o teria procurado antes para veiculação de “AmarElo” na promoção de uma marca, mas, ao se deparar com o valor cobrado, a agência optou por contratar outras artistas e promover pontuais alterações estéticas na campanha. As referências ao projeto “AmarElo” de Emicida, porém, incomodaram o grande público.
